“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

16/10/2007

Mãos que se enlaçam


Mãos que se enlaçam, palavras divergentes
Corações compassados, num rítmico soluçar
Corpos dormentes, que pairam sobre a vida, impotentes
Beijos… devaneios, utopias, loucuras ao Luar

Hei-de tornar-me fóssil em bosques orvalhados
Depois do tédio, do cansaço e das ausências
Húmus serei...metamorfose vegetal, sob tectos estrelados
Flutuará a alma, deliciando-se em perfumes de várias essências

Pensamentos, que cruzam o mesmo sentido em languidez
…e com os pés cansados de andar por terra ardilosa
Sob o céu, que me olha com toda a supremacia e altivez
Farei um poema em pedra, sobre a carne medrosa

Cansada, os olhos fecharei, ignorando a trémula luz do dia
Ilusão em estado sazonal…alma, néctar altivo
Que na noite se refugia…esquecendo o frio que agonia
Em deleite espiritual, estado dormente…limitativo




(Lúcia Machado)

1 comentário:

Irina Gama disse...

Este está magnificamente fantástico!

Parabéns, adorei!

gosto do teu Refúgio!

Beijinhu!

... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




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