“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

26/05/2008


Quero amar-te em silêncios inaudíveis
Em murmúrios que proclamam um tempo que é nosso

Apunhalar a saudade, que assola um coração desajeitado
Que procura encontrar-te, em cada breve luzir do teu olhar

Volta…
Segue o caminho que te traz até mim
Não apagues o trilho, feito sob estrelas…ao Luar
Onde me encontrarás aqui…
À espera de ti…


(Lúcia Machado)

22/05/2008


Chegas como a manhã silenciosa
Como raio de Sol através de um vidro
Trazes contigo a liberdade das andorinhas
Em sorrisos de mil sabores
Transformas os dias cinzentos,
Em arco-íris de mil cores

Na simplicidade do teu olhar doce
Cobres-me de doces beijos
Que me embalam, ao som dos mais simples desejos

Chegas como ave de rapina
E fazes de mim o teu alimento
Roubas-me todo o meu tormento

Chegas como brisa deslizante
Triste, só, em silêncios emudecidos
E no toque, trazes os sonhos esquecidos

Nas noites em branco…
Chegas como melodia para mim
E nos teus braços…
Encontro a paz por fim


(Lúcia Machado)

16/05/2008


Encontro-te entre o cair da noite e o nascer do dia...

...na solidão e na presença do sangue que fervilha...

Porque és vento...sorriso...turbilhão...

brandura... fervura...vulcão...

meu farol...

meu guia...

meu coração...

meu ar...

meu...

chão



(Lúcia Machado)

11/05/2008


Saudade…

Tantas vezes, a sinto!


Saudade de tocar o teu cabelo


Saudade do teu olhar de “menino” doce


Saudade das tuas mãos suaves, que tocam o meu rosto


Saudade do teu cheiro que me embriaga


Saudade da tua pele macia que me aquece e contagia


Saudade do teu respirar, junto ao meu ouvido


Saudade do teu abraço forte... meu porto de abrigo


Saudade do teu afago no meu cabelo


Saudade dos teus lábios (encaixe perfeito dos meus)


Saudade do teu coração em louco desvario


Saudade da tua protecção, do teu carinho


Saudade do teu sussurrar, como melodia que me embala


Saudade de ti…que num beijo teu, me cala…

Saudade…


(Lúcia Machado)

10/05/2008


Busco a razão nítida de ti
No mais intimo de mim
É o teu nome que me desperta
No silêncio que me embala
Nos braços da noite…
As palavras revelam-se à luz da Lua
Acariciando os sonhos que despem todas as verdades

E no teu peito repouso
É o teu coração, que acalma o meu desespero
E todos os teus gestos confessam o teu amor…
É nele que me deito
Entre o sentir do teu beijo,
Caminho que me leva, na cumplicidade do desejo

Desvendo-me às palavras surdas dos teus silêncios
Na imprecisão do que julgo saber


(Lúcia Machado)

Nas linhas perfeitas do teu rosto
A linguagem jamais expressa
Onde as minhas mãos alcançam
O sussurro do teu olhar incontido

E na tua boca…
Resta-me o abrigo, dos meus lábios órfãos
Procurando o agasalho deste tempo
Que me consome a serenidade
É somente minha, a febre imensa que lateja
Na alma que arde sob um coração que flameja


(Lúcia Machado)

09/05/2008


Dá-me a tua mão…
Sente o pulsar do meu coração
É um pássaro louco, que voa sem parar
Milhafre frágil em voos deslizantes
Num ritmo de almas que se tocam
Em carícias constantes...

Ave de rapina em busca de alimento
Rio que corre em tua direcção
Ao sabor de um vento choroso
Fugindo da fúria do furacão

É o brilho dos teus olhos
Em múrmurios inaudiveis
Tão presentes em mim…
Mesmo distantes

Dá-me a tua mão…
Consegues sentir o inebriar do corpo?
Como um arrepio saudoso
Que adoça a alma em turbilhão
É por ti que espera
Que aguarda
Ao som dos sentidos em movimento
Loucura do toque em plena confusão

Dá-me o teu abraço…
Deixa-me ficar perdida no teu calor
Sentir o teu cheiro,
Aroma dos campos em jasmim
Quero adormecer no teu sonho
Beijar o teu rosto, percorrer teus lábios
Onde me perco e te encontro assim


(Lúcia Machado)







"À razão do meu ser...do meu viver"

03/05/2008


Coração…
Mais devia ser chamado de “boca”!
Pelo menos o meu!
Tudo o que sente…”despeja para fora”
Não se contém…
Tantas vezes o cérebro lhe diz…
Tem calma!
Não sejas impulsivo!

Mas, algo o domina!
O “obriga” a dizer o que vai na alma!
E volto a dizer…
Calma, tem calma!
Por vezes o silêncio é o equilíbrio
Entre o sentimento e a razão…

Que se lixe!
“Diz o coração…”
Antes dizer o que sinto
Do que agoniar no silêncio…
E morrer na escuridão!

Assim é, o meu coração…
Uma “boca” a mais, que diz que ama
Em forma de turbilhão…

(Lúcia Machado)

Breves instantes

Por momentos, me invade a alma
Medos a querer entrar
Então procuro-te…
E na tua voz encontro a força
A coragem para contra eles lutar

Por vezes...
Sinto-me tão frágil
Mulher-menina que procura um simples abraço
E tudo o que preciso, é sentir-te perto de mim
Num silêncio que nos une…
Adormecer no teu regaço

O toque sedoso, que me faz estremecer
Os lábios que falam baixinho
Palavras soltas…
Murmúrios…
Carinho…
Sentidos como quem se descobre
Como quem se recolhe
Como quem se esconde do infinito enlouquecer

“Porque és o sal e a água da minha vida...”


(Lúcia Machado)
... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




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