Ensurdeço, porque não te ouço…
As minhas mãos esquecem-se de tocar…porque não te sentem
A voz fica prisioneira deste silêncio, porque no silêncio te encontra…
O corpo jaz num campo claro…
Porque é lá, que ele encontra a luz entre nós…
Fico sem cheiro, porque não sinto o teu perfume…
Enregelo…sem o teu calor dormente…
Sonho, porque me é permitido…
Devaneios… são os donos dos meus sentidos…
Crio-te, porque te tenho presente…
(Lúcia Machado)