“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

30/01/2012

Assim...

Quem fala em nome de mim?
Preciso das palavras que calam,
Que falam e não as seguro
São os sons dos meus passos que as abafam assim

São segredos que se revelam
Que saltam ao olhar de quem os ouve

A noite cai, e enche-se de orgulho
Siga tua sombra e o teu andar, que ainda se mexem de mim
Preciso das palavras que calam
Que falam e não as seguro

Falta o segredo por dizer
As palavras que gritam ao olhar
São as vozes do tempo
Que fazem dos gestos o querer

Somente tu…
És o segredo, as palavras por revelar…


(Lúcia Machado)

05/09/2011

Nas ondas do silêncio
Surgem as mãos cansadas da memória
Escreves de novo…
…A história de um mundo sem fim.
No olhar vazio dos meus dias
Pedes-me que afugente o segredo
De um beijo com sabor a mar
Seguraste-me contra o peito fatigado
E levando as minhas noites desiguais
Num sussurro de quem te escondeu

(Lúcia Machado)

11/07/2011


Como já tinha saudades...
Aqui fica um Poema da minha autoria, cantado por Bruno Meco :-)
Um Poema que ficou ainda mais bonito na voz do Bruno :-)

Beijinho Bruno!



16/03/2011

Alguém...


Quero uma estrada nova
Esta, está desgastada…
Já não sinto o chão sobre os meus pés!
A alma balança, com a insegurança por onde piso
Ela não quer mais o seu silêncio agitado
Precisa de um chão firme e ajeitado

Preciso de uma nova estrada
Esta por onde ando está cansada.
Não quero mais a rua desnivelada

Porque desnivelada já ando eu
Por estas encostas que me empurram
Em direcção a lado nenhum.
Preciso de uma estrada
Seja nova… ou menos usada
Esta já não me leva a lado algum


(Lúcia Machado)

15/02/2011

Gélido amanhecer



É do gélido sono que não chega
É desta noite que o meu pensamento é feito
São 3,4,5, ¼ para as 6
E a memória derrapa na entrada do amanhecer
A saudade vem da noite acesa
Falta-me apenas dizer baixinho
“Volta para mim com carinho”
Dos braços cansados,
Esperam-te abraços apertados
É tempo de ir embora?
Ou tarde demais para ficar?
Não importa para onde vou
Será sempre o mesmo caminho que me trará de volta
Mesmo ao fechar os olhos
A saudade vem da noite acesa
É desta noite que o meu pensamento é feito
Deste tipo de amor
…que corta como uma faca


(Lúcia Machado)


04/02/2011



É o frio que corta
Corta o pensamento que quer ir longe
E na volta, traz as amarras da vida que nos embala
Faz-se pó no sentido das coisas irreais
Deposto das pinceladas na pele
E a carne que renasce
Alimenta o coração que bate lentamente
E sem a hora que espera
Um pássaro voa em direcção ao Sol


(Lúcia Machado)

06/01/2011

Caminhos travessos



Queimas-me os olhos, o coração
O pensamento.
Queimas-me como, quem marca a pele com ferro em brasa
Deixas-me sem sentido ou direcção
Sem saber por onde vou
Sei apenas que vou.
É nesta estrada que me encontro
Caminho por entre a solidão do vento
E faço da chuva a minha companheira de viagem
Sou paragem, apeadeiro ou ponto de encontro
E se me encontro… volto-me a perder
Para que voltes ao meu encontro antes de anoitecer

(Lúcia Machado)

03/12/2010


Por vezes... 
...Bastam umas mãos seguras, para que nos sintamos mais fortes e protegidos...

22/11/2010

Von (Esperança)


Creio-te no teu olhar, nas tuas mãos feitas seda…
Creio-te na melodia dos pássaros, no mar que se confunde com o azul do céu
Creio-te na voz que se cala, e no silêncio que se revela.
Creio-te na ténue linha da memória e no amor sem pressa ou demora…
Creio-te na nossa história.
Creio-te hoje e para sempre.
Nos dias bons e nos menos bons.
Creio-te no espaço que existe entre a noite e o dia
Creio-te entre o choro do mocho e pio da cotovia
Creio-te nas águas passadas e nas futuras também
No Sol que me aquece e na noite que arrefece
Creio na música que deleita os nossos ouvidos
E na penumbra do ruído que nos enlouquece
Creio numa força maior
Naquela que te trouxe até mim
Creio no poder do querer e na sábia força do saber
Creio em tudo o que te rodeia
Creio no amor por ti… e na força da nossa teia


(Lúcia Machado)



Tu és o vento que me sacode
O ar que me eleva até ao limite do horizonte
És a estrutura que me mantém segura...
E mesmo quando ela balança,
És mão, corpo, rede que me equilibra e apoia
És a excepção. A única e verdadeira
Tu és mar que me afoga
E onda que me resgata do fundo do mar
És alimento, licor, que me alimenta e sacia
És a chave que abre o meu mundo de condão
És o meu sonho e ilusão
Sou a tua ave selvagem
…e tu o dono, e cadeado do meu coração

(Lúcia Machado)


28/10/2010

Renascer das cinzas




E o corpo outrora feito cinzas
Eis que renasce lentamente
De novo as tuas mãos, o cheiro, o calor do teu abraço
De volta os teus olhos doces, as juras do teu amor eterno
O corpo que outrora se tornou pó
Toma a forma humana de um novo ser…
Um ser que foi desfeito e lançado ao abismo
Lentamente, recolhes as cinzas, reconstróis o que restou
De novo as raízes que se aprofundam
O coração começa e bater em modo crescente
Os olhos cegam ao ver a luz
Mas, estás aqui para me guiar…
Até que me volte a habituar ao teu brilho
…Ao teu amor…
De volta todos os sonhos…
…Tu…
E as asas que me dás


(Lúcia Machado)




... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




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