19/12/2008
18/12/2008
Outros...quer apenas ficar ausente do corpo…refugiada num qualquer recanto…longe do mundo, muda e isolada numa cabine à prova de som… perdida esquecida…por tudo e por todos…
Outros dias, é tão louca como uma fada enfeitiçada pela floresta…só quer divagar, sonhar, escalar pela montanha dos sonhos, quer gritar ao mundo que nada a intimida, que será sempre uma lutadora, que nada a derruba…
Sente-se capaz de lutar, de se erguer após cada queda… é guerreira, feiticeira, David ou Golias…é ninfa encantada, poeta malfadada…
Hoje…a alma sente-se assim… louca…
Sabe-se lá porquê!
09/12/2008
Presenças...
Pressinto-te, mesmo sabendo que não estás aqui…
Presenças são, as impostas pelo nosso coração…
Ardem, como o vento fugaz…esse, que nos envolve no silêncio da noite
E gritam ao sabor de um tempo escasso e algoz…
Presenças...
Não precisam de ser físicas…basta o nosso amar…
Abraça-me nesta sintonia, embalada, ao som inaudível da tua voz…
Onde todos os sentidos são donos de mim…
Pressinto-te, mesmo sabendo-te ausente…
Mas, a tua presença chega a cada novo amanhecer…
Imposta a cada anoitecer…
Delírios são, os meus olhos cegos, por não te ver…
Mas, mesmo na cegueira que me ofusca…
Vejo-te no sol embriagado pela manhã do teu sorriso…
Pressinto-te…ainda…
Nas asas duma qualquer borboleta estonteante…
Num pirilampo, sinónimo de esperança na noite fria…
Sei-te aqui…onde os meus sonhos são possíveis…
Um lugar onde não é permitida a solidão…
E tudo o que revelo…
Todos os medos, devaneios…
São a tua presença em mim…
Porque, pressinto-te aqui, perto de mim…assim…
(Lúcia Machado)
04/12/2008
Serás apenas, o reflexo do meu querer?
Ou a simples ousadia da minha alma?
Sonho-te, em nuvens encobertas pela Lua que se impõe
E nas estrelas, deposito a minha ténue esperança…
Ela que é tão frágil, como as asas de uma borboleta…
Que rodopia no encanto da luz, e morre antes de lá chegar…
Serás a maresia dos meus olhos,
…Ofuscados pelo meu bem-querer?
Ou a montanha inalcançável do meu adormecer?
Serás o meu devaneio, a minha lágrima derramada?
…Ou simplesmente o meu guia nesta estrada? …
Vivo em constante delírio…
A alma foge-me ao corpo ausente…
E tudo o que sinto…o fogo que me consome…
Será loucura, tempestade em mim, imensidão contida da alma?
Serás o meu delírio ou poema sem nome?
...A voz que me aquece...a mão estendida que me acalma...
…Porque hoje...és tanto!
(Lúcia Machado)
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer... a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...
...Tu...
(Lúcia Machado)
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