“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

30/06/2008


Este vazio de ti…
Como quem cai num poço sem fundo
Como quem corre em direcção ao fim do mundo
Esta falta de ar…
Este chão sem terra
Este coração em guerra…
Este vazio de ti…
Quem mo plantou aqui?
Quem foi?




( Lúcia Machado)

29/06/2008



Hoje senti...

A tua doçura ao longo do dia...
Na brisa que me tocava e cobria...

O teu jeito de ser...



(Lúcia Machado)

27/06/2008

Escrevo...Paixão


Quantas vezes, nos apaixonamos, arrebatámos o nosso coração e dilaceramos a alma em prol da paixão?
Paixão é a confusão dos sentidos, é tempestade que nos assola, nos abana, nos faz tremer na corda bamba da sanidade…
Uma vez, tomada a nossa alma de assalto, nunca mais somos os mesmos…
Paixão é fogo, é sentimento em constante turbilhão…
É tempestade que passa, que deixa tudo de forma diferente…
Quem nunca se apaixonou?...e por essa paixão desenfreada, não cometeu as maiores loucuras?
Corremos o mundo…lutamos contra tudo e todos por uma paixão!
É um estado de total euforia, uma alegria que nos faz voar nas asas da imaginação…
Paixão é faca que corta…
Que sangra e nos devora…
É a fusão, o desejo de nos queremos tornar um só de corpo e alma…
E quando ela passa?
É o desespero…as noites sem dormir…
E no lugar da paixão…fica a saudade a esperança de um novo dia…


(Lúcia Machado)

24/06/2008


Escrevo o teu nome nas marés
O teu olhar... nas estrelas que vislumbro
Não sei de que cores são as aves que cruzam o céu
Nem de que tábuas são feitos os navios salgados
Sei do corpo que flutua à deriva nos teus braços
De luares escondidos na travessia das horas onde te encontro
Há um mar nos teus lábios feitos de espuma
Uma linha no horizonte ao encontro do nosso olhar
E eu quero as rotas calculadas sob o desejo
Navegar em oceanos à partida da descoberta
Onde te encontro nos poentes que me levam a ti

(Lúcia Machado)

Gostava de escrever para ti, as mais belas poesias
E no tempo que passa, entregar-te todas as melodias
Tocar o teu coração…
E na alma desnuda, criar a mais bela canção
São palavras proferidas ao sabor do vento
Esperanças que partem velozes, na voz do pensamento
Mas tudo o que sei é o que a brisa me conta
Nos silêncios da ausência, faço de mim barata tonta
Deito-me e adormeço
E na lucidez da noite fria, és tudo o que não esqueço
Minha alma e poesia


(Lúcia Machado)

16/06/2008


Tantas palavras em silêncios emudecidos
E na lucidez do teu rosto
Criam-se hábeis guias da memória
Dedos que percorrem a solidão da alma
Na inquietação do teu olhar de menino doce


(Lúcia Machado)

13/06/2008

Vem comigo, dá-me a tua mão…
Vamos simplesmente, caminhar no jardim…vamos ao encontro dos amores vividos nos bancos riscados…esses velhos livros silenciosos dos amores construídos, uns eternos, outros esquecidos…
Deixa que te leve por esses caminhos, que percorro com o meu olhar, na ânsia de o teu encontrar…
Anda, segura a minha mão, não a largues…juntos, deixemos nossos corpos cair na relva, manto da doçura dos enamorados…
Fiquemos assim, juntinhos, abraçados como se o amanhã não existisse…como se tudo o que nos separa…deixasse de importar…
Não vás embora! Dá-me apenas a tua mão…caminha comigo, afasta a solidão…
E no silêncio envolvente, apenas a nossa mente divaga, no querer de um tempo sem pressa…
Sente…escuta…
Dá-me apenas a tua mão…ouve o coração…


(Lúcia Machado)

Não me peças para te esquecer…
Como se esquece alguém, que me lembra quem sou?
Que me deu a mão, quando estava no chão…
Como posso esquecer o teu abraço reconfortante
O ombro onde me encosto e choro a saudade que corta?
Será mais fácil esquecer de mim…
Corpo cambaleante na rua da tristeza
Como posso esquecer o teu toque inebriante?
O teu cheiro que me embala e entontece?
Os teus beijos carinhosos, que saciam a minha sede da tua boca?
Diz-me…
Explica-me, como faço para esquecer?
Como esqueço o ritmo do teu coração ao encontro do meu?
Pede-me tudo, menos que te esqueça…
Para te esquecer,
Teriam de secar os oceanos com a ausência das minhas lágrimas!
A noite teria de se tornar eterna…
Privando-nos do dia…sinónimo de esperança
As aves teriam de ficar sem asas, ocultas pela rigidez do meu coração
O céu azul, daria lugar ao abraço cinzento da derrota
O mundo ficaria a preto e branco, na imagem distorcida da minha vida, sem ti…
Não! Não posso permitir que isso suceda!
Não te esqueço, não quero! Não posso!
Para te esquecer, teria de morrer…
E eu quero é viver!
Viver um dia de cada vez, na esperança do teu regresso…


(Lúcia Machado)

09/06/2008


"...Preciso de silêncio...

É no silêncio que te encontro...

É no silêncio que me perco..."


(Lúcia Machado)
... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




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