“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

29/09/2008







Meu Deus!
Tenho tantas saudades! !
Tantas...que me rasgam o peito!
...e não sei o que fazer...

Delíro...

Longe vão os dias, em que sorrias para mim
Hoje, ficam apenas as lágrimas que correm o meu rosto
Coração exposto, à saudade que me consome
Sentimento algoz que caminha, em busca do teu nome…

Palavras emudecidas
Viajam pelos recantos da memória
Se outrora faziam sentido
Agora, não são mais, que a parte de uma breve história
Já não tenho nada para dar
Um silêncio ensurdecedor caminha ao meu lado
Consome-me a alma na sombra do dia…
…Julgo que por ti, morria…

Dentro de mim, já nada me pede a razão de ser
Absolutamente nada!
E no entanto, julgo que só de ouvir a tua voz
Estremecia de novo o meu coração
A raiz que me alimenta…
No murmúrio da minha solidão

(Lúcia Machado)

25/09/2008

Hoje...

Hoje queria ser…

O Sol que te aquece
A luz que te merece
A chuva que te refresca
A água te sacia…

A brisa que te beija
O rio que corre por ti
...A saudade em mim…

Um barco no ancoradouro
As amarras que lanço no espaço
Um corpo que levita
Uma mente insana
Roupa com perfume de jasmim
A tua cama…

A mão que te segura
O abraço apertado
O coração que palpita desenfreado
O beijo que te cobre
No teu adormecer de “menino”
...Por mim amado


(Lúcia Machado)

24/09/2008

Transmutação do meu sentir

Amizade
do Lat. * amicitates. f.,
Afeição; amor; boas relações; laço cordial entre duas ou mais entidades; dedicação; benevolência.

Cumplicidade
s.f,.
acto ou qualidade de cúmplice; conivência

Paixão
Do Lat. passione, sofrimentos. f.,
Sentimento excessivo; amor ardente; entusiasmo;

Amor
Do Lat. amores. m.,
Viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos; inclinação da alma e do coração;
Objecto da nossa afeição; paixão; afecto; inclinação exclusiva;

Perda
forma haplol. de pérdida <>
s. f.,
acto de perder;desaparecimento; carência; detrimento...

Tristeza
do Lat. tristitias. f.,
Qualidade ou estado de triste; consternação; dó; aspecto que revela mágoa ou aflição; melancolia; angústia.

Solidão
do Lat. solitudine, através de solidoes. f.,
estado de quem está só; lugar ermo, solitário.

Angústia
v. tr.,
causar angústia a; afligir; atormentar.

Esperança
s. f.,
acto de esperar; tendência do espírito para considerar como provável a realização do que se deseja;
a segunda das virtudes teologais; o que se espera; expectativa;


Amizade; cumplicidade; Paixão; Amor; perda; tristeza, solidão; angústia; esperança
…E assim começou o meu Amor…
Fica na esperança…
...E no amor, que queima cá dentro...


Tudo o que te define em mim...

Alma

do Lat. animas. f.,
parte incorpórea, imaterial do ser humano; princípio da vida; conjunto das faculdades intelectuais e morais do homem; espírito; pessoa; a vida; a existência; motor principal; colorido; coragem; autor; entusiasmo; paixão; animação; carácter; índole; consciência; sentimento; coração; força;
generosidade;



(Lúcia Machado)


19/09/2008

Memória esquecida

Por vezes, dou por mim distraída

E o teu nome regressa como,

Surto de luz na escuridão…

E na longitude da noite fria

É ele que me aquece da sofreguidão

Da ânsia de te abraçar…


Caio por vezes, no esquecimento

Das garças-reais em voo de rapina

Que fazem do meu coração, o alimento

Que para sempre te irá amar


Não sei se sou essa, a ave que voa loucamente

Ou dama em louca perseguição,

Do céu incontido em explosões sussurrantes

Ou em luares de eterno cegar da saudade


Quero fazer desta inquietude do sentir

A brisa que me move, em torno do teu perfume

Onde nos olhos que fecho

Me resta o teu rosto, na ponta dos dedos


Não me alcança o tempo de te esquecer

Em ti, vive a minha razão de viver



(Lúcia Machado)

17/09/2008

Poema feito memória


Porque te vejo, se nas folhas que caem
Rodopia a minha memória?
E no fulgor das mãos cansadas
Que afagam o rosto choroso
Onde é consumido, pelas noites em claro

Nas horas que devoram o silêncio...
Trás o sulco que, se esquiva da incisão do tempo
No cheiro que, emana desta terra prometida
Sob um céu desfeito …
Inconclusivo como as pedras que piso
Num chão feito, da depressão de uma estação esquecida

Carregado vem o nevoeiro
Separando os olhares que trocamos
Baços...De utopias, de sonhos construídos em castelos,
Feitos de nuvens, na penumbra do fim da tarde…
Onde um nome se esconde, na folhagem esquecida

(Lúcia Machado)

16/09/2008

...

Pronuncia o meu nome
Como se fosse o mel que te adoça
Profere-o ao vento que passa
Para que as palavras, que, suavemente saem da tua boca
Venham ao meu encontro

Sopra-o com a vontade, que faz de ti
O mensageiro que ameniza a minha dor
Onde me escondo de mim mesma
No interior do teu sorriso,
A chama da minha paixão…

E na noite húmida do teu encanto
Recolho-me nas sílabas do meu nome
Abraço-me nas palavras que queimam a escuridão
Porque eu vivo para ti…
Sou aquela, que nos soluços do meu peito
Se recolhe no som da tua voz
Exausta dos combates que venci

Onde morri, e voltei a nascer
Para ti, voltar…

(Lúcia Machado)

12/09/2008

Caminho

Caminho numa estrada oblíqua
Onde a tua presença é o equilíbrio
Os passos são lentos…Os pés acorrentados…
Com as correntes que me prendem a ti…

Caminho ao sabor da brisa
Que me afaga o rosto…
E seca as lágrimas do coração exposto...
...De um corpo cansado na penumbra do amanhecer

Um céu que me cobre…
Um tempo que não diz nada!
E enquanto o olhar, devora esta rua que me morde…
Bebo o licor do cego sofrimento, por não estares aqui

Fazes da noite um silêncio
Que respira a minha saudade
E das estrelas a luz, que apaga a solidão em mim


(Lúcia Machado)

08/09/2008

Esperança

Espero, por um tempo que nunca mais chega

Um tempo, onde o céu volta a ser azul

Onde o Sol toma o lugar da noite



Um tempo que trás a doçura dos dias quentes

O sorriso que outrora existiu…

De novo o canto dos pássaros…


Voltar a um tempo…

Onde a memória, apenas resiste…



Quero que, o manto da noite que caiu sobre mim

Me deixe…que dê lugar à luz, que iluminará a minha alma

Quero que me inunde de vida, de esperança, de um novo dia


Tento rasgar a noite que me assola

Alcançar o dia que nasce…

…e o manto da noite insiste em me cobrir

(Lúcia Machado)

02/09/2008

...

Fiz do sonho…barco à deriva

Nele depositei a minha alma

Perdida…esquecida


Nas ondas do mar

Ela viaja embalada…

Adormecida pela maresia do meu olhar

Sozinha…cansada


Lá longe, onde bailam as gaivotas

Cruzam um céu enegrecido

Fugindo da tempestade que carrego

No coração ferido


E, cansada desta febre que me assola

Memória em rebuliço

Fazem deste ser…corpo sem ar

Delírio, húmus que à terra há-de voltar



(Lúcia Machado)

... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




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