“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

30/09/2010

Moves-te...




Moves-te por entre as sombras
Assim, como um lobo camuflado se move
Por entre as densas planícies
Trazes no olhar o brilho que te absorve a fome
No dorso carregas a liberdade selvagem
Se estivesses comigo agora
Serias o pirilampo que ilumina a noite
E nas asas, trarias as gotas do orvalhar nocturno
Não mais quererias descansar, nessa toca ébria e com cheiro a mofo
Virias com o teu corpo magro, alimentar-te na minha mão
E darias lugar, a um sem fim de uivos saciados
Moves-te por entre as sombras
Porque és um animal “sagrado”
Idolatras a tua própria liberdade
E do selvagem, te tornas dócil e afável
...no cruzar dos nossos olhares.




(Lúcia Machado)

2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Querida amiga Lúcia, já não te lia há imenso tempo.
Mas, por este poema, vejo que continuas em forma.
Porque é apenas excelente.
Gostei imenso, como é óbvio.
Um beijo.

Fatima disse...

Atiras palavras ao vento...
Deixas que elas voem nas asas desse coração e depois o resultado é este...um poema lindissimo.

Bjo
Fatima

... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




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