“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

20/07/2009

Poema cansado

Preciso que alguém corte estas amarras…
Sinto-me cansada, desejosa pelos dias de ócio
Preciso de Luz, de Sol, de mar...
…a minha Alma clama, pela liberdade fora destas quatro paredes
Sente-se comprimida, esmagada nestes papéis de fadiga murmurante
Todo o meu ser se sente esgotado…
…acorrentado aos dias que passam devagar
Dêem-me lamurientas brisas, que decorrem ao sabor do desejo
…campos verdejantes com cheiro a jasmim
Um leito do rio onde me possa estender
Preciso das árvores, das borboletas de mil cores
De oceanos trémulos, corais de mil odores
Anseio pelas nuvens feitas de algodão
Pedaços… de sentidos abraços
Desejo de solidão
Estou cansada, os meus olhos não mais obedecem à vontade da razão
Preciso do sono reparador das amoreiras, onde me alimento
…de um beijo apaziguador…
Preciso do canto das aves, dos grilos em noites amenas…
Preciso…

(Lúcia Machado)

2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Excelente poema querida amiga.
Vejo-o como um grito de revolta, numa espécie de preliminar para a libertação.
Boa semana, beijo.

Isaura Pereira disse...

Boa noite !
Excelente poema ... transparece uma fase menos boa mas no final de libertação . Você escreve fabulosamente . Já te disse ?

Jocas

... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




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