“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

28/01/2010

Pensamentos soltos VIII

Queimam-se-me os olhos, cuja neblina não consigo dispersar
Perdida por entre as marés cheias ou vazas
Encontro os desejos da alma que paira sobre o imenso azul
E numa outra voz, num outro sentir
Toco a face das estrelas
Mesmo com os pés presos pelas garras deste chão
Fechada a sete chaves, encontra-se a minha razão
…a lucidez afoga-se neste corpo ferido
E mente quer ser livre
Mas a escuridão que me atravessa
Desfoca-me da razão
E todos os passos que anseio dar
São devaneios da mente
Nada me afasta o desejo de voar
Mesmo com os pés cravados na terra
Faço dos braços as asas imaginárias
Livre como uma borboleta em busca do pólen
Mas que, anseia o regresso ao casulo nunca mais encontrado



[Nem todas as noites são escuras como breu...]
[...Nem todos os dias são claros como o sol que paira no céu]

(Lúcia Machado)

1 comentário:

Henrique Mário Soares disse...

Gostei, como sempre!
Parabéns, está excelente
boa semana
www.hocoka.blogspot.com
www.aquiterrasdofimdomundo.blogspot.com

... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, cedência, difusão, distribuição, armazenagem ou modificação, total ou parcial, por qualquer forma ou meio electrónico, mecânico ou fotográfico destes textos sem o consentimento prévio e expresso do autor. Exceptuam-se a esta interdição os usos livres autorizados pela legislação aplicável, nomeadamente, o direito de citação, desde que claramente identificada a autoria e a origem.