“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

03/11/2009

Num grito... (devaneios contínuos)

…na clausura das mãos sossegam velhos e lamuriosos sussurros
Deita os olhos por terra, absorve a chuva pelos poros em efervescência crescente
… na languidez do teu corpo, fustiga com os cabelos o rosto desgastado pelo tempo
Nada é eterno. Apenas a memória que nos atraiçoa, é evidente na realidade formada pelo pensamento.
Em benevolentes contrastes, erguem-se as vozes outrora silenciadas pelo calor que queima em silencioso tormento.
Semeiam-se lágrimas por uma terra inanimada,

desvirginada e morta, pelas pisadas de imponentes transeuntes, rasgados do corpo até à alma.
De nada mais servem… as breves passadas que dás, em torno de ti mesmo.
Será que não vês, que quanto mais foges, mais o mundo se comprime e implode a tua volta?!
É no coração do tempo, que se sente o pulsar da vida… onde renascem os teus filhos, num grito e a uma só voz.

(Lúcia Machado)

5 comentários:

DarkViolet disse...

A voz é a silhueta do tempo, ora perdida, ora escondida

Fatima disse...

Entro aqui depois de visitar um amigo em comum .
Gosto de como te expressas...
Voltarei para te ler com mais atenção.
Deixo te um beijo,
Fatima

Unknown disse...

Entrar aqui neste teu mundo é um privilégio por mim sentido...

feliz semana para ti.

Bjnhs

ZezinhoMota

Nilson Barcelli disse...

Lúcia, achei o texto magnífico.
"Nada é eterno. Apenas a memória, que nos atraiçoa, é evidente na realidade formada pelo pensamento."
Bom resto de semana.
Beijos.

Devaneios Contínuos... disse...

Gostei muito do blog! Bjs! Lynne!

... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




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