“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

10/08/2009

Corpo

Corpo…estranho…refeito… estranho…corpo…
…Cifras do recanto das mãos que te percorrem
Nada mais se oculta na carne rosada do pensamento
Braços envoltos nos beijos
Pernas esguias, sedosas, formam laços
...São olhos penetrantes...

Outrora distantes
Num mundo sozinho de corações ofegantes
Espaço no contrabalanço das horas em sintonia

Ao encontro do peito fechado
Estrelas eclodem na noite fria
A Lua parideira, traz do vácuo escuro
A momentânea esperança
Desliza-te no corpo a respiração da humilde alegria
Elevo-me do fundo de ti…
Num espasmo da vida…
…Sei que renasci…
E no vento, chega a palavra, que ao de leve me embalará
Abro a janela…
Perco-me no sono dos teus olhos avelã
Antes que, em mim desperte o grito da manhã

(Lúcia Machado)

1 comentário:

Unknown disse...

Lindo, é belo escrever-se assim, é singelo sentir as palavras que se escreve...

Minha amiga, como se diz nas "Aldeias" ou é como quem diz o povo "escreves de mãos cheias"...

Bela semana, ou feliz férias...

Bjnhs

ZezinhoMota

... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




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