
Nas varetas da vida, apressam-se os passos envoltos em finos laços do sangue que corre nas veias electrizantes do sentir inserido…
Na cama da noite, deitas-te com as loucas estrelas...estonteantes liras perdidas na imensidão do manto negro... esse alvorado, inconsciente revolta da volta da tua escolha minuciosa.
Chamam-te à razão, qual fugaz olhar revelador! Incerto na certeza do que sentes. Chamariz da tua sorte, qual morte em figura de ave inebriada pelo brio das cascatas, cor prata, em queda constante.
Flores são, as desmedidas mãos calejadas pela procura incessante de ti
Gritos de Neptuno, enraivecido pelas ondas que o calam, estridentes trovões em resposta à fúria avassaladora de um deus menor…
Rendido, estendido…O poeta precisa da dor para continuar a sua louca utopia, amanhã voltará, com a sua loucura sã, e com os seus castelos feitos de sonhos…
E nas brancas páginas da sua memória, escreverá dia após dia, de novo a sua história.
(Lúcia Machado)
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[Pode estar sem sentido...e de certa forma confuso (é essa a ideia), e no entanto (modéstia à parte)...Gosto imenso desta confusão! ]
:-) :-P