“Todas as palavras são a loucura dos Poetas, não fossem elas o próprio sangue que corre nas veias”


(Lúcia Machado)

19/11/2008


…E as noites em claro…e os dias, negros como breu…
E as lágrimas derramadas…o coração órfão do teu…
E as dores, que não sei se o são…
Indolores, inexistentes…
Saudade, dormente, incandescente, loucura…
Devaneio que mortifica, ausente, presente…
Existo, não existo…
Confusão, febre que a gente pode apanhar…
Estou, não estou…
Sombra que trilha o caminho por onde vou…
E se vou, não sei onde estou…
Encontro-me, perco-me…
Revelo-me, escondo-me…
Enclausuro-me…
E não sei porquê, tudo o que percebo…
Inicio…fim de um enlevo…
Não sei se o sou…ou se o escrevo…


(Lúcia Machado)

Na solidão do meu quarto,
Abro a janela...
...Converso com as estrelas….
Dizem, que não sou capaz de as ouvir…
Mas, só um louco, não poderá entender o dialecto delas
O silêncio por vezes, diz-nos mais que mil palavras
Basta para mim, vê-las, e escutar a sua voz que cruza a noite
É o prenúncio de um novo amanhecer... de uma nova esperança…
E, elas, dizem-me tanto!
E conversamos longas horas, sob o manto da noite que nos envolve
Contam-me histórias de cavaleiros que cruzam os céus
Nos seus cavalos cor-de-prata…
…De unicórnios, de fadas com asas de borboleta e seus vestidos esvoaçantes…
Falam de amores impossíveis…
E, de amores eternos...
Quem não as ouve…
Não entenderá nunca, o amor…

10/11/2008

...


Perdi-te naquele abraço…numa tarde em que o vento corria solto, cortando à faca as lágrimas que corriam pelo meu rosto…e tudo o que ficou, foi esse momento gravado no meu pensamento…o despego que o tempo impôs ao desgaste do teu querer…por vezes, dou por mim, a reviver esse sentimento…e quase que sinto o calor, o cheiro que deixaste em mim…e por mais que viva, que sofra, que caia e me volte a levantar…encontrarei em ti, a esperança , a coragem para seguir em frente…porque tu, ensinaste-me o quanto é bom amar…e como na perda de um amor impossível, ficam para sempre gravados na nossa memória os sentimentos vividos, e isso, nem o tempo nos pode tirar…porque um grande amor, é como uma pedra inabalável num qualquer desabar da nossa consciência…mantém-se firme, e nem a erosão do tempo a fará desaparecer…Voltarei a amar? Não faço ideia…talvez a minha missão nesta terra que tanto ou nada me dá, não seja essa…só sei, que serei feliz, por ter descoberto o amor…mesmo que ele tenha acabado, antes de sequer começar…e um dia, talvez um dia…volte a amar…

(...Porque existem pessoas que nos marcam, mesmo na ausência do que se impõe...)


(Lúcia Machado)
... Aqui jazem todas as angústias, os medos, a solidão, as alegrias, as tristezas...
Jazem momentos únicos, momentos irrepetíveis...
....a saudade, o acreditar....
..As lágrimas, o desespero, o renascer...
a morte...
Todos os momentos de uma vida...uns eternos, outros não...
Aqui jaz uma nova esperança... o amor...

...Tu...



(Lúcia Machado)




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